quinta-feira, 9 de junho de 2016

2º Ano: Propriedades coligativas

Propriedades coligativas das soluções são propriedades físicas que se somam pela presença de um ou mais solutos não voláteis e DEPENDEM única e exclusivamente do NÚMERO DE PARTÍCULAS (moléculas ou íons) que estão dispersas na solução, não dependendo da NATUREZA ou tipo do soluto. São elas: Tonoscopia (tonometria); crioscopia (criometria); ebulioscopia (ebuliometria) e osmoscopia (osmometria).
Video aula.
É uma propriedade coligativa que constitui na diminuição da pressão máxima de vapor de um solvente quando se adiciona a ele um soluto não-volátil. 
Em relação à pressão de vapor de um solvente puro, pode-se dizer que sempre ela será maior do que a pressão de vapor de uma solução.

Pressão Máxima de Vapor de um líquido: é a pressão exercida por seus vapores quando estes estão em equilíbrio dinâmico com o líquido em ambiente fechado.


Crioscopia
       Nessa propriedade a temperatura de congelamento dos líquidos diminui quando se adiciona um soluto não volátil (não evapora). 
                    Ex: A mistura água + sal congela abaixo de 0ºC, se estiver ao nível do mar.
                   Outro exemplo está nos links:   http://vestibular.uol.com.br/ultnot/resumos/7.jhtm 

                                                                  https://www.youtube.com/watch?v=hsw4_gReUS4
                   Outro exemplo está nos links:   http://vestibular.uol.com.br/ultnot/resumos/ult2767u7.jhtm 

                                                                  https://www.youtube.com/watch?v=hsw4_gReUS4


Ebulioscopia
           Nessa propriedade a temperatura de ebulição dos líquidos aumentam quando se adiciona um soluto não volátil (não evapora).
                   Ex: A mistura água + sal ferve acima de 100ºC, se estiver ao nível do mar.



Osmometria
Osmose
É um processo físico espontâneo em que a água se movimenta entre dois meios com concentrações diferentes de soluto, separados por uma MEMBRANA SEMIPERMEÁVEL (permite somente a passagem das moléculas de água). Neste processo, a água passa de um meio HIPOTÔNICO (menor concentração de soluto) para um HIPERTÔNICO (maior concentração de soluto).
Na osmose, o processo se finaliza quando os dois meios ficam com a mesma concentração de soluto (ISOTÔNICO).
Importância e função 
A osmose ocorre em vários sistemas da natureza. Nas células do corpo humano, a osmose é um processo de extrema importância.

A concentração de sais nas células, por exemplo, é controlada pelo sistema de osmose. Como não ocorre gasto de energia, a osmose é considerada um tipo de transporte passivo.
Pressão osmótica(π) é a pressão exercida sobre um sistema para evitar que a osmose ocorra. A pressão osmótica aumenta quando se adiciona um soluto não volátil à solução. Esse fenômeno é conhecido como Osmoscopia (osmometria).
A Pressão osmótica é calculada pela fórmula: π =M.R.T ou por essa π V=n.R.T.
π = Pressão osmótica
V= Volume da solução
n1= número de mols do soluto
R= Constante geral dos gases(0,082)
T= temperatura

Dicas para resolver os cálculos             

1. Determine a variação da pressão de vapor do solvente (em módulo) de uma solução que possui 18g de glicose (C6H12O6) em 90g da água a 40ºC? DADOS: Considere que a pressão de vapor da água a 40ºC = 55,3 mmHg; massa molar da glicose = 180 g/mol; massa molar da água = 18 g/mol.


RESOLUÇÃO:
1º) Observe que o problema abordou pressão máxima de vapor, logo trata-se de tonoscopia.
2º) Vamos extrair os dados: 
·          m1= 18g - massa do soluto.
    Sei que é massa porque está em gramas e sei que é do soluto (m1) porque a outra massa é da água (m2) e esta sempre será solvente. A solução é uma mistura homogênea formada por soluto e solvente. 
·         m290g- massa do solvente.
   Esses dois valores serão usados para descobrir a molalidade (W). Quando o problema traz esses valores em massa usa-se a seguinte fórmula: W=1000m1/m2 . M1. Mas, quando o problema traz o valor em MOL usa-se esta: W=n1/m2(Kg). 
- p2 é a pressão do solvente. Está em mmHg (milímetro de mercúrio) mais poderia ser também em atm (atmosfera), pascal, tor entre outros. 
1atm=760mmHg.
·         M1 e M2 são as massa molares do soluto e solvente, dadas em g/mol. 
·         Kt é a constante tonométrica que vale 0,018 (18÷ 1000).
Quando mencionou variação da pressão de vapor, está querendo o ∆P.
·         ∆P= P2 - P → Abaixamento absoluto
·         ∆P/P2 → Abaixamento relativo
     Obs: Encontra-se o abaixamento absoluto a partir do relativo.
- O abaixamento relativo é encontrado com a fórmula: ∆P/P2 =Kt . W. 
- Se o problema quiser a pressão da solução, pode ser pela fórmula acima ou por essa Psolução = Xsolvente . Psolvente (Lei de Raoult). A molalidade é representada por W e a fração molar por X.
·         X2 = n2/n1 + n2 (fórmula da fração do solvente)
Vamos usar a primeira.
m1 = 18 g
m2
 = 90 g
p2
 = 55,3 mmHg
M1
 = 180g/mol
M2
 = 18g/mol
Δp = ?
Cálculo do Δp com a fórmula:
 Δp÷p2= Kt . W
W = 1000 x 18 ÷ 90 x 180 = 1,11 molal
Δp÷p2= 0,018 x 1,11
 Δp÷55,3= 0,02 (Regra de três) LEMBRE-SE: O valor que está dividindo em um dos lados da igualdade passa multiplicando para o outro , logo:
Δp = 55,3x0,02

Δp = 1,10 mmHg


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2. Uma solução apresenta 54g de glicose (C6H12O6) em 500g de água. Sendo a constante kc da água igual a 1,86 ºc . Kg . Mol-1 , indique qual é o abaixamento da temperatura de congelamento da solução é: dados: C =  12; O = 16 e H =1.

RESOLUÇÃO

1º) Observe que é um problema envolvendo o abaixamento do ponto de congelamento da solução, portanto é criometria (crioscopia).       

2º) Vamos extrair os dados:
m1 = 54 g(soluto)
m2 = 500 g (solvente)
Kc = 1,86 - contante crioscopica.
    Lembre-se, o problema quer Tc (solução), porém como se trata da água considera-se que T2(solvente) é igual a zero
As fórmulas envolvidas em crisoscopia  são:  
∆Tc= T2 - T  Variação de temperatura
∆Tc= T2 - T= Kc. W
          Kc, já temos. 
         T2 já temos. 
          Falta W.
A molalidade é calculada com essa fórmula W=1000m1/m2 . M1 ou com essa W=n1/m2(Kg)Vamos usar a primeira fórmula, pois o problema trouxe as massas do soluto e solvente. Porém, está faltando M1Trata-se da massa molar, sendo possível calcular quando o problema disponibiliza os valores das massas envolvidas no problema. Neste caso temos os valores, é só somar. Fica assim: contabiliza cada elemento da fórmula molecular e depois multiplica pela massa e soma uns com os outros.Veja: (C6H12O6) ---> 6C + 12H + 6O 6x12 + 12x1 + 6x16 = 180g/mol. Agora é só aplicar na fórmula.
          W = 1000 x 54 ÷ 500 x 180 = 0,6 molal
            ∆Tc= Kc. W → ∆Tc =1,86 x 0,6
            ∆Tc = 1,116
0ºC - T=1,116 → -T = 1,116 - 0º
      -T = 1,116 x(-1) 
          T = -1,116º C.
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Respondendo com a segunda fórmula da molalidade. W=n1/m2(Kg) ----->; n1 é o número de mols do soluto.
n1 = m1/M1 
Fica assim;  n= 54/180 = 0,3 mols 
Agora é só colocar na formula da molalidade. W = 0,3/0,5 = 0,6 molal. Esse 0,5 foi obtido convertendo 500g em kg(÷1000).
Agora é igual o cálculo de cima:
∆Tc= Kc. W → ∆Tc =1,86 x 0,6
            ∆Tc = 1,116
0ºC - T=1,116 → -T = 1,116 - 0º
      -T = 1,116 (x-1) 
T = -1,116º C.
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As questões envolvendo ebulioscopia são resolvidas dessa mesma maneira.
Apenas tem que ficar atento com a variação de temperatura, pois ficará assim: ∆Te= T - T2 e com a constante ebuliométrica (Ke), pois é diferente da constante criométrica(Kc).

Se o problema já trouxer a molalidade é só aplicar direto na fórmula: T - T2= Ke.W
VEJA:
3. Sabendo que uma solução aquosa de sacarose apresenta concentração 0,80 molal, o cálculo da elevação do ponto de ebulição da água resultará em (°C): Dado: Constante de ebulioscopia molal(Ke) da água = 0,52°C/molal.
RESOLUÇÃO:
Veja que o problema mencionou ponto de ebulição, indicando que trata-se de ebuliometria.
A questão quer apenas a elevação do ponto de ebulição, também conhecido como variação de temperatura de ebulição (Δte), sendo já trouxe a constate ebuliométrica(Ke) e a molalidade(W) pronta. 
Extraindo os dados do problema:
Δte = ?
W = 0,8 molal
Ke = 0,52°C/molal
Agora é só aplicar na fórmula do Δte.
Δte = Ke.W
Δte = 0,52x0,8
Δte = 0,416 °C
Se o problema quisesse a temperatura de ebulição da solução(T), o próximo passo era desmembrar o Δte, ficando Δte = T - T2. O T2 é a temperatura de ebulição do líquido puro. Se for a água considera-se como sendo 100ºC.

4. Eventualmente, a solução 0,30 Mol/L de glicose é utilizada em injeção intravenosa, pois tem pressão osmótica próxima à do sangue. Qual a pressão osmótica, em atmosferas, da referida solução a 37°C?
RESOLUÇÃO:
Observe que o problema mencionou o termo pressão osmótica, então sei que se trata de osmometria. Agora é só analisar quais das fórmulas é mais prática. (Que contém os dados que o problema disponibilizou)
Dados do exercício:
M = 0,3 Mol/L(concentração molar) 
T = 37 oC – tem que converter para kelvin. É só adicionar 273, vai dar igual a 310 K.
Observação: R = 0,082 atm.L. mol-1. K-1 (constante universal dos gases perfeitos)
Calculando a pressão osmótica:

Usaremos essa fórmula π = M.R.T em vez dessa πV= n1.R.T, pois o problema já deu a concentração molar e não o número de mols(n1). Agora é só substituir e calcular.
π = 0,3x0,082x310

π = 7,62 atm

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